Reflexão intimista: Meu eu, minha vida
Marilda Diorio (OlhosDe£in¢e)
Estanque com a vida,
com o tempo, tentei olhar para trás,
procurei pelos sonhos em buscas vãs.
Momento íntimo de quem perdeu as cores vibrantes
por imposição da vida, pela solidariedade
sem reclames, em doação plena.
Por um longo tempo, assim desenhei meus dias.
Porém, um vazio havia...
Tentando recuperar o que sempre vivi,
percebi que havia congelado meus sonhos,
que descuidei do meu amor,
que embalsamei os amigos
eternizados em meu coração,
que a vida ficou sem melodia,
sem Staccato, sem Adágio e
sem Pianinho.
Apenas o ritmo ensurdecedor
da batalha do tempo sobressaía,
misturando-se com o pulsar acelerado do coração.
Algo errado havia...
Meu sorriso ficou desbotado,
a esperança adormecida,
e o cansaço vencendo a alegria de viver.
Algo errado havia...
Não me reconhecia diante do espelho da alma.
Notei que aqueles não eram meus olhos brilhantes!
Recusei a aceitar aquela boca sem viço,
sem a falta de minha expressão vivaz,
tão presente em mim.
Algo errado havia...
Vasculhei cantinho por cantinho do meu ser...
As interrogações surgiram:
Por onde ancoraram meus sonhos?
Por que o tempo me engoliu?
Por que meus versos adormeceram?
Por que abdiquei totalmente de meu jeito de ser?
Encontrei uma única resposta para
tantas perdas momentâneas:
A Solidariedade direta da alma e do coração
consumiram meu tempo e a minha vida.
No momento que senti o vazio,
entendi que a vida estava me ensinando,
a ser solidária sem precisar me anular.
Por fim... Sorri!
Reencontrei o meu eu e retornei a minha vida!
Curitiba, 29 de agosto de 2008
às 2h20min.
Midi: Dream - Henry Mancini
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