Partidas e chegadas
Marilda Diorio (OlhosDe£in¢e)
A estrada da vida
sugere encontros, despedidas,
alegrias, lágrimas a deslizar,
sonhos atrelados à esperança
na mão dupla da existência.
Partidas... dos que queremos bem,
que por imposição do viver e morrer
são ceifados, deixando apenas
saudade...
Partidas... daqueles que com a
convivência
nos remetem às surpresas nada
felizes,
deixando a nossa sensibilidade sem
credibilidade.
Viver é estar infinitamente
aprendendo,
é assombrar-se a cada tombo que
sofremos
com as amizades que ingenuamente
abraçamos,
com os amores que partem após nos
fazer sorridentes e
nos instigar docemente a abrirmos a
porta do coração.
Partidas... dores que apunhalam e
deixam marcas.
Cicatrizes do mal ou lembranças do
bem.
Chegadas... sorrisos libertos, olhos
reluzentes
braços abertos, coração saltitante.
Novos amigos, novos amores,
crença no bem, cumplicidade alinhada.
Chegadas... esperança ativada
pelas lições de um passado aprendiz,
necessário em nossa vivência.
Partidas... Chegadas...
Vida, passado, presente.
E o futuro?
Ah! O futuro...
Será de flores ou de espinhos,
de estrelas ou sem luar...
O delinear sempre será
de cada aprendiz da VIDA.
Curitiba, 28 de outubro de 2010
às 18:38
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A longa estrada da
vida
(Marcial Salaverry)
A vida é como uma estrada,
a ser bem caminhada...
E nesse caminhar,
de um tudo vamos encontrar...
Começamos em passos trôpegos,
sempre por uma mão sôfregos...
Uma mão que nos ampare,
e que em pé nos mantenha...
Depois nos firmamos,
e pela estrada da vida caminhamos
com passos rápidos e fortes...
Decisões tomando,
de nossa vida cuidando,
tudo enfrentando...
Decidimos o que fazer,
para nosso caminho escolher...
Os anos vão passando,
problemas vão chegando...
São como buracos na estrada,
dificultando a caminhada...
Os passos mais lentos vão ficando,
e já estamos quase parando...
E no fim da estrada,
quase parando a caminhada,
procuramos uma mão que nos ampare,
como quando começamos...
Já nada decidimos,
e vimos que pela vida nos iludimos,
pensando que tudo resolveriamos,
e sequer nossas dívidas com Ele solveriamos...
De repente, cai uma barreira,
e a estrada fica interrompida,
quando chegamos ao fim da vida...
Não temos mais problemas enfim...
Apenas, chegamos ao fim...
Música: Moonlight Serenade
Interpretação e arranjo musical: Emile
Pandolfi e orquestra.